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Nova Bíblia de Acesso Livre - NVA
Fonte: https://git.door43.org/alexandre_brazilCopyrights & Licensing: Licença Pública Creative Commons Atribuição-CompartilhaIgual 4.0 Internacional(CC BY-SA 4.0)
1 Jó continuou o discurso e disse: 2 "Ó, quem me dera eu fosse o que era nos meses passados quando Deus cuidava de mim, 3 quando a Sua luz brilhava sobre a minha cabeça, e quando eu andava pelas trevas guiado pela Sua luz.
4 Ó, quem me dera fosse como era nos dias da minha colheita, quando a amizade de Deus estava sobre a minha tenda, 5 quando o Todo Poderoso ainda estava comigo e meus filhos estavam à minha volta, 6 quando meus caminhos eram cobertos de nata e a rocha derramava sobre mim rios de azeite!
7 Quando eu ia ao portal da cidade, quando me sentava na praça da cidade, 8 os jovens me viam e mantinham distância de mim por respeito e os idosos se levantavam e ficavam de pé diante de mim.
9 Os príncipes paravam suas falas quando eu chegava; eles colocavam as mãos sobre suas bocas. 10 As vozes dos nobres eram silenciadas e as suas línguas grudavam no céu da boca.
11 Porque, depois que os seus ouvidos me ouviam, eles me abençoavam; depois que os seus olhos me viam, eles testemunhavam a meu respeito e me aprovavam; 12 pois eu resgatava o pobre quando ele clamava e também os órfão que não tinham ninguém para o ajudar. 13 A bênção daquele que estava prestes a morrer vinha sobre mim e eu fazia com que o coração da viúva cantasse de alegria.
14 Eu vestia a justiça e ela me cobria; a minha justiça era como um manto e um turbante. 15 Eu era olhos dos cegos; pés para os coxos; 16 e pai dos necessitados. Eu examinava a causa até mesmo dos que eu não conhecia.
17 Eu quebrava as mandíbulas do corrupto; arrancava a vítima dentre os seus dentes. 18 E eu falava: 'morrerei no meu ninho; multiplicarei os meus dias como os grãos de areia. 19 As minhas raízes se espalharam pelas águas, o orvalho ficava sobre os meus ramos a noite inteira.
20 A honra em mim era sempre nova e o arco da minha força estava sempre novo em minha mão. 21 Os homens me escutavam; eles esperavam por mim; ficavam em silêncio para ouvir o meu conselho. 22 Depois que eu acabava de falar, eles não falavam mais; o meu discurso caía como água sobre eles.
23 Eles sempre esperavam por mim como esperavam pela chuva; eles abriam largamente as suas bocas para beberem as minhas palavras, como fariam para a chuva tardia. 24 Eu lhes sorria quando menos esperavam; eles não rejeitavam a luz do meu rosto.
25 Eu selecionava os caminhos para eles e me sentava como o chefe deles; eu vivia como rei no seu exército, como alguém que consola os enlutados.